domingo, 13 de julho de 2025

Dominica magicum

Dominica magicum

Domingo azul. A tarde, um pano leve,
bailava em sete tempos, desconcerto.
No parque, o som — quarteto — vinha aberto,
e a brisa dava tom à vida breve.

Improvisava o céu, num quase outono,
as nuvens riam jazz por entre os galhos.
Verdinho do bom — sossego entre os trabalhos —
soprava um mundo em paz, sem dono ou trono.

No Parc Floral, seus olhos — meus amores —
tinham o brilho exato da manhã.
Palavras? Não. Bastava-me o fulgor.

Ficou no tempo esse acorde de flores,
um compasso guardado em hortelã,
só ouvido por quem escuta amor.