quinta-feira, 22 de maio de 2025

(L)ouvado (S)eja (D)eus

(L)ouvado (S)eja (D)eus

O trem invade o útero da manhã,
lisérgico o doce, pulsa no escuro,
a lua lambe o sexo balzaquiana,
coxas abertas num convite obscuro.
Torto viril, meu grito mais impuro
esguicha entre dentes e porcelana.
Na língua, um beijo de fogo e lama,
no ventre, um espelho que não perdoa.
Cada gozo é relâmpago que ressoa,
rasga o real, e a razão se derrama.